Por: Luan Prado
Mesmo com o retorno das atividades presenciais, boa parte das empresas deve seguir a tendência do trabalho híbrido. Entre as vantagens de um modelo operacional onde colaboradores podem acessar aplicações e desenvolver tarefas remotamente, podemos destacar um notado aumento de performance dos profissionais e economia financeira com espaço físico e infraestrutura operacional. Para se ter uma ideia, pesquisa da consultoria Newmark, realizada com 218 empresas, mostra que essas companhias reduziram cerca de 35% do tamanho de suas sedes.
Em outra frente, estudo do Gartner Group com profissionais do mundo inteiro aponta que 36% dos entrevistados se dizem mais produtivos no home office e a flexibilidade na jornada foi uma das válvulas propulsoras para esse salto de desempenho. Diante desse cenário, as empresas precisam lidar com novos desafios que implicam na gestão de pessoas.
Já não é novidade que manter colaboradores engajados e estimulados envolve o acesso a experiências seguras e personalizadas, aderentes às hierarquias e atribuições de cada um. Isso significa que a construção de um espaço de trabalho digital vai além da disponibilidade de aplicações e dados, incluindo desde a mudança cultural dos usuários, até as otimizações e construções de ambientes multicloud e multiconectados. Desta forma, tecnologia e cultura corporativa são determinantes para a oferta da melhor experiência do colaborador.
Empresas que proporcionam jornadas positivas de qualidade para os colaboradores multiplicam suas chances de crescimento em taxas que podem superar 20% ao ano. É fato que o assunto vem mobilizando áreas de RH empenhadas em atrair e reter talentos, em um momento em que remuneração e recompensas já não são os únicos aspectos motivacionais, especialmente quando se trata de profissionais de alta performance.
Hoje em dia, especialmente após as mudanças drásticas nas relações de trabalho impostas pela pandemia e favorecidas com aplicações e conexões ultrarrápidas, tecnologia e compliance se aliam na composição de ambientes de trabalho agradáveis e colaborativos, tornando o dia a dia das operações mais efetivo e estimulante.
Do ponto de vista comportamental e com foco no bem-estar dos recursos humanos, a consultoria global Great Place to Work (GPTW) estabeleceu as nove práticas culturais (inspirar, falar, escutar, agradecer, desenvolver, cuidar, compartilhar, celebrar e contratar) que garantem experiências mais positivas aos trabalhadores e contribuem para o bom clima organizacional. Já do ponto de vista tecnológico, entregar workspaces eficientes, responsivos e fáceis de usar é primordial para acelerar os resultados.
Estamos falando de interfaces rápidas, seguras e intuitivas, acessíveis por diferentes dispositivos conectados, em qualquer lugar onde o colaborador esteja. Ou seja, empresas dispostas a oferecer plataformas de workplace aos seus times ainda contam com ferramentas de gestão que permitem monitorar o desempenho por equipe ou individualmente, mensurar resultados e desenvolver estratégias para desenvolvimento de pessoas.
Outra questão que merece cuidado é a segurança de dados. Quanto mais as redes se tornam descentralizadas, maior a necessidade de camadas de proteção fim a fim, assegurando controle das atividades por dispositivo, hierarquia de acesso e criptografia, entre outras ferramentas. O mundo precisou se adaptar rapidamente à transformação digital para garantir a continuidade dos negócios. Agora o foco é aliar todos esses recursos tecnológicos disponíveis – e em constante evolução – às melhores práticas de gestão de pessoas para otimizar resultados.
Fonte: Mundo RH