Por:
Keyton Pedreira
Em tempos de alta performance, foco em
resultados positivos a responsabilidade recai prioritariamente sobre
a área comercial; afinal, vender mais é premissa para qualquer
empresa que busca crescer. No entanto, a área financeira sempre
alerta: saúde financeira é a combinação de vender mais e gastar
menos. E nesse cenário entra em cena uma área que já é
preponderante para as finanças de qualquer empresa, Recursos Humanos
ou apenas RH.
E isso independente qual o ramo de atuação.
Mas quando falamos do setor de serviços em que a mão de obra pode
representar mais de 60% dos custos fixos, a importância de evitar
custos desnecessários se torna ainda mais relevante. Hoje, conforme
o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED, a área de
serviços responde por 60% dos empregos formais e cerca de 70% do
Produto Interno Bruto (PIB) do País, o que é uma grande
responsabilidade.
Mas, afinal, como a área de Recursos
Humanos pode ajudar a aumentar o resultado de uma empresa? Não, o RH
não vai começar a vender produtos e serviços.
Mas o RH
precisa estar preocupado – além da organização de colaboradores,
folhas de pagamento, faltas, admissões e demissões – com o
resultado financeiro da empresa. E isso passa pelas taxas de
turnover, absenteísmo, engajamento, produtividade. E talvez você
esteja se perguntando como isso pode auxiliar a sua empresa a ampliar
os resultados. A resposta é bem simples: cuidando do colaborador
como ele/ela merece – e também como sua empresa precisa. Já que
falamos de uma relação de trabalho.
Toda a análise
feita até aqui era necessária para que você passasse a enxergar
benefícios não-obrigatórios como investimento e não mais como
despesas. E vou te mostrar por número como isso acontece.
De
acordo com uma pesquisa do Instituto Gallup, substituir um
funcionário de nível pleno pode chegar a 150% do seu salário
anual. Ou seja, um profissional que ganha R$ 4.000, por mês, pode
custar para a empresa, se desligado, algo em torno de R$ 72.000 para
a empresa e esse montante vai além de direitos trabalhistas. Estamos
falando em tempo de aprendizado, produtividade, performance, além
dos custos inerentes à ação prática de demitir um
profissional.
Você manter um colaborador descontente no
ambiente de trabalho faz com que ele deixe de produzir 31% mais do
que ele poderia gerar, ele usa apenas 1/3 da sua criatividade e deixa
de gerar 37% mais vendas. Esse estudo da Universidade da Califórnia
mostra quanto é importante ter atenção ao bem-estar do seu
colaborador e cuidar para ele se mantenha feliz. Sem contar que
empresas que investem na boa saúde dos colaboradores têm 14% menos
pedidos de dispensa médica.
E para arrematar esse
raciocínio, você imaginava que um colaborador tem 10 vezes mais
chances de não terminar uma atividade se ele tiver alguma
preocupação financeira? Sim, isso é verdade e o que mostra o
relatório do Salary Finance.
Dito tudo isso, que tal
estar atento ao que faz seu colaborador mais feliz, tranquilo e
saudável. De acordo com pesquisas de mercado, cada vez mais os
colaboradores estão em busca de empresas que se preocupam com eles
em fatores essenciais, como: saúde, bem-estar, equilíbrio físico e
emocional. E nessa esteira entra em cena a oferta de benefícios como
plano de saúde, previdência privada, campanhas de inventivo a
atividades físicas, sociais, entre outras.
Percebeu
quanto dinheiro está sendo desperdiçado ou está ficando sobre a
mesa?
Você, o seu comercial, o seu financeiro e também
seu RH devem estar todos juntos produzindo ações para aumentar o
resultado da sua organização. Esse, sim, é um modelo da alta
performance e mais do que isso: sustentável!
Fonte: Mundo RH