Você sabe qual é a importância de ter e controlar o capital de giro para empresas? De maneira geral, posso dizer que ele é necessário para uma empresa nascer, se manter e crescer. Por mais que sua ideia de negócio seja genial e o lucro pareça óbvio, acredite, empreender sem esse recurso financeiro ainda é difícil nos dias de hoje.
Seu controle é fundamental para garantir que um negócio tenha boa saúde financeira e consiga crescer e obter sucesso.
Eu considero o capital de giro uma das principais ferramentas para tirar uma ideia do papel, por isso acho válido falar sobre o assunto e dar algumas dicas sobre como otimizar o recurso. Continue lendo e confira!
O que é capital de giro?
Para o conceito ficar bem claro, gosto de dizer que capital de giro é aquele recurso que vai fazer a produção girar, ou seja, é um valor que o empreendedor precisa ter para fazer seu negócio acontecer.
Trata-se de uma reserva para ser utilizada nas necessidades da organização para realizar suas atividades. Isso inclui o dinheiro em caixa, saldo em conta, os produtos em estoque e as contas a receber, que são bens que podem ser convertidos em capital em curto prazo.
Explicando de outra forma, o capital de giro é o que resta se subtrairmos do dinheiro disponível na empresa o valor necessário para quitar suas dívidas, tanto despesas fixas quanto qualquer outro tipo de gasto.
Esse elemento financeiro é essencial para que a organização consiga pagar seus fornecedores, manter seu estoque e suprir as necessidades de sua operacionalização. Isso quer dizer que ele é imprescindível para que a empresa cresça de maneira sustentável e mantenha sua saúde financeira.
Como ele ajuda a empresa?
Já deu para perceber que o capital de giro tem grande importância para a rentabilidade e sobrevivência de uma empresa, certo? Escolhendo um nível de capital de giro que proporcione segurança aos seus padrões de risco e retorno, a organização tem mais chance de alcançar o equilíbrio financeiro.
Mas essa não é a única vantagem de um controle adequado do recurso. Ele também pode ajudar a empresa a:
* manter equilibradas suas contas do ativo e do passivo;
* suprir as necessidades de todas as atividades operacionais;
* compreender o momento ideal de realizar compras;
* conhecer os prazos que é capaz de assumir;
* manter o caixa positivo, saldando as contas de curto prazo;
* criar riqueza em longo prazo.
Quando ele é necessário?
Já conversei com algumas pessoas que afirmavam que a formação do capital de giro só é necessária quando a empresa está no começo de suas atividades. Contudo, já adianto que ele é imprescindível para que você consiga manter a continuidade operacional do seu negócio.
Alguns cálculos básicos apontam que, no primeiro ano de funcionamento, o valor determinado costuma cobrir aproximadamente 60% do total das despesas de um empreendimento. Isso quer dizer que pode ser necessário recorrer a capitais externos ou a economias feitas previamente.
O ponto que quero deixar claro é que, mesmo que seu negócio cresça e você alcance boa lucratividade, nunca deve interromper o controle financeiro. Há quem acredita que o lucro constante dispensa o capital de giro, mas sem ele, acredite, suas finanças podem se tornar um caos.
Como otimizar o capital de giro para empresas?
Imagino que eu já tenha convencido você da importância de conseguir um capital de giro para sua empresa. Porém, eu sei que não é fácil mantê-lo, por isso, faço questão de deixar algumas dicas para você controlar e otimizar esse recurso.
Negocie com seus fornecedores
Não é agradável dizer isso, mas lembre-se que é sempre interessante considerar que as contas que você tem a receber podem sofrer atrasos ou inadimplência. O resultado disso é que você também acaba atrasando os seus pagamentos aos fornecedores.
Por esse motivo, sempre tente negociar prazos mais extensos do que os de seus clientes, para evitar multas e juros em suas contas.
Parcele suas compras
Da mesma forma que muitos de seus clientes optarão pelo parcelamento, considere também o pagamento parcelado de suas compras, mesmo que haja dinheiro em caixa para comprar à vista – desde que essa operação não signifique pagamento de juros.
Dessa maneira, você não compromete o capital de giro com despesas de curto e médio prazo, podendo aproveitar o dinheiro em caixa para pagar as contas que não podem ser parceladas.
Venda à vista
Eu sei que em muitos casos você vai precisar dar prazo para seus clientes e oferecer opções de parcelamento, mas faça o possível para vender à vista. Uma solução para garantir que o cliente escolha esse tipo de pagamento é oferecer descontos financeiros para quem pagar à vista – que podem ser economicamente justificados, ou seja, o valor já está incluído no preço.
Crie regras
Na maioria das empresas, as decisões referentes ao capital de giro costumam ser repetitivas. Sabendo disso, crie uma lista de ações que facilitem a tomada de decisões, de modo que apenas o que for listado poderá utilizar esse recurso, o que evita surpresas desagradáveis decorrentes de situações arriscadas.
Busque melhoria nos processos
Os custos de produção e os prazos de fabricação de produtos impactam diretamente no caixa e capital de giro da empresa. Busque eficiência máxima nos processos de produção, sempre visando prazos menores e menos recursos investidos.
Mas tome cuidado para que isso não afete a qualidade dos produtos ou a satisfação dos colaboradores, para que o resultado não seja justamente o oposto.
Priorize vendas rápidas
Geralmente as empresas possuem aquele produto que é seu carro-chefe, ou seja, que gera receita de maneira mais rápida que outros. A dica, então, é investir nos esforços para destacar os itens que saem mais rapidamente, o que aumenta o capital de giro.
Conheça bem seu fluxo de caixa
Essa é uma dica valiosa, pois, ao observar o fluxo de caixa, é possível perceber possíveis falhas e identificar por que não está sobrando dinheiro ou que tipo de despesa pode ser reduzida ou cortada.
Busque trabalhar com um fluxo de caixa projetado, que significa uma projeção adequada do fluxo de pagamentos e recebimentos futuros, de modo a obter maior disciplina financeira e menos riscos.
Fonte: Guia Empreendedor